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quarta-feira, 9 de abril de 2014

CAPÍTULO 26 (Parte 2) - O Destino

Bom, primeiramente tenho que agradecer de corpo e alma, do fundo do meu coração, a todas as pessoas leitoras desta fanfic. Pessoas lindas, dignas e fofas que tiveram total paciência por meus atrasos. Agradeço a cada comentário, levei em consideração todas as dicas. Peço perdão a todos que não consegui satisfazer de tal maneira. Obrigada pela severa companhia durante dois longos anos. Não sei se a história realmente cativou cada coração, mas fiz da forma que pude e que veio a minha mente.

Aqui vai mais uma parte, ou a moral da história. Abraços a todos :D

[...]

Já com 8 anos de vida, Maria gargalhava no banco de trás do carro, ouvindo a mamãe cantar músicas engraçadas.

- Mamãe, quem é aquele menininho na foto? – Perguntou ela, curiosa, olhando uma pequena foto de Nathan quando bebê no canto do para brisa.

- Hmmm, aquele menininho é seu irmão. – Disse Miley, tentando desviar a conversa. – Vamos cantar mais uma música?

- Irmão?

- Sim, filha, antes de você nascer, eu e o papai tínhamos um filho, o nome dele era Nathan, mas um dia aconteceu um acidente horrível e ele ficou muito machucado, veio a falecer.

- Fale ... o que?

- Falecer, é quando a pessoa morre, muito triste. – Explicou ela, passando a mão nos joelhos de Maria, enquanto dirigia. – Nathan foi o primeiro presente maravilhoso que Deus nos enviou, depois veio você e perder um filho é a pior dor do mundo, então, por favor, quando eu disser para não fazer ou ir a algum lugar, não vá e não faça.

- Tudo bem, mamãe – Disse, ela sorrindo.

Como viviam próximo a praia, Maria já deixara de ser uma criança branca, ela era morena do sol, cabelos longos, castanhos claros e todo enrolado, os olhos azuis da cor do mar e o sorriso cativante que a mãe tinha. Era uma menina inteligente, tirava boas notas na escola e servia sempre de exemplo para os colegas de classe.

 Estava na etapa final da fase “banguelinha” e achava aquilo engraçado. Gostava de se cuidar como uma mulher adulta e era o xodó da vovó Luiza. Sempre disposta a ajudar, feliz da vida e lhe dava bem com todos. Maria era o exemplo de criança com futuro feito.

Liam, com seus 32 anos, havia saído da carreira policial pra seguir a advocacia. Quando Maria tinha 2 anos, ele começou a faculdade de Direito e hoje tinha seu próprio escritório. Ampliaram a casa, deixando espaço de sobra para os cachorros, uma piscina e área de lazer.

Depois dos dias maravilhados na França, fizeram mais duas viagens inesquecíveis. Uma pra Índia, quando Maria tinha 3 anos e outra para o Brasil, quando havia completado 7. Na Índia, aproveitaram para aprender a forma de vida deles, usar roupas diferentes e descobrir que lá oferece um dos melhores ensinos do mundo para uma criança. Quando foram para o Brasil, ficaram boquiabertos com as belezas da cidade maravilhosa, praias quentes e muita gente bonita. Pessoas da pele dourada, sorriso bonito e disposição para ajudar. Gostaram tanto e prometeram voltar mais vezes pra explorar outros cantos e diferentes culturas.

Maria e Raul estudavam na mesma escola, eram primos e cresceram juntos. Eram poucos meses de diferença e se protegiam de todo o mal. Raul, filho de Fabíolla e Henrique, havia ganhado uma irmã há poucos meses, a Melissa, ela tinha 4 meses e era a cópia escarrada de dona Luiza. Com as mesmas energias que Maria tinha quando nasceu. Fofa, inteligente, uma graça.

Elisa e Lucas haviam se casado há alguns anos e ainda não tinham filhos. Trabalhavam o tempo todo e quase não tinham tempo para viver em família. Lisa trabalhava como diretora de uma escola infantil, onde também lecionava para os baixinhos. Era o que ela amava fazer e pretendia, sim, ter filhos. Lucas, filho do meio de dona Luiza e seu Paulo, era gerente comercial numa empresa multinacional que fabricavam acessórios para praticar esportes, em Los Angeles. Com o dinheiro que eles ganhavam, reformaram toda a casa, com quartos e banheiros de sobra, brinquedoteca, uma piscina de chão e escritório particular. Formavam um belo casal e muito admirados pela vizinhança mais velha. Estavam sempre dispostos a ajudar e tratavam todos com carinho.

E Pedro e Brenda? Ainda viviam em Nashville, na fazenda dos pais de Brenda e cultivavam tudo que lá tinha. Cuidavam do gado e todos os outros animais. Uma vida de campo, gostosa e tranqüila. Brenda possuía cisto no ovário, por isso não poderia engravidar, estavam no processo final para adoção de duas crianças, uma de 8 anos e outra de 4. Eram duas meninas, Lorena e Giovanna. Irmãs de sangue, abandonadas pelos pais num abrigo, pois eles não tinham condições de cuidar. Já tinham tudo preparado para recebê-las. Casa limpa, quartos, brinquedos, material escolar, um cavalo pra cada uma e ainda um pequeno playground num imenso verde.
  
Brenda estava feliz em realizar o sonho de ser mãe e Pedro, não continha a emoção, mesmo com a chegada das meninas, sonhava em fazer de tudo pra engravidar sua mulher e clamava a Deus que a curasse do cisto.

Rubens e Laura, como andam? Cansaram de viver na Austrália, decidiram experimentar a vida mais agitada que os Estados Unidos oferecia. Esperaram Lívia terminar  a faculdade e partiram. Por mais que achassem ruim no começo, com o tempo, se acostumaram. Lívia amou o novo lar, uma casa simples, nas ruas tranqüilas e limpas de Los Angeles. Moravam perto de Miley e Liam e podiam ver Maria quantas vezes quisessem.  Lívia conquistou novas amizades e logo conseguiu um emprego. Seu Rubens, já aposentado, não quis mais trabalhar, decidiu viver tranqüilo, com sua esposa e filha. Tinha tudo que lhe pertencia por perto, então não havia motivos pra reclamar.

Fabíolla e Henrique eram os únicos que tinham a vida corrida, pois Mel havia nascido há poucos meses e não podiam tirar a atenção de Raul. Ele ajudava a cuidar da irmã, a protegia de tudo e até ninava. Rick era biólogo e trabalhava como diretor de meio ambiente numa empresa da cidade. Fabi havia parado de trabalhar quando engravidou, agora decidia procurar um novo emprego logo que Mel completasse um ano de vida.

Luiza e Paulo, sentiam-se realizados, pois seus filhos cresceram sem nenhuma dificuldade, estudaram e realizaram seus sonhos em exercer aquilo que realmente gosta. Estavam ali, vivendo naquele mesmo apartamento, com um amor incondicional, só os dois. Num charme, numa vontade de viver. Eram românticos e namoravam sempre que sentiam vontade. Luiza era uma mulher atraente e Paulo, um senhor enxuto, que muitas novinhas desejavam. Foi daí que veio a beleza extrema que Miley tinha, os olhos, a boca, o sorriso, a generosidade, o fogo e tudo que há de bom. É bom ser feliz, ainda mais com quem a gente ama.

Miley, mulher bonita que encantava qualquer homem. Formada em medicina veterinária, atuava como cirurgiã numa clínica. Tinha muitos pacientes por dia e amava de paixão tudo o que fazia. Tinha Tom, Ben e Binna em casa e cuidava deles com o maior carinho. Nas férias, viajavam e levavam Maria para conhecer novos lugares, ela amava e ficava encantada com cada detalhe. A saudade de Nathan não passava, cada ano, aumentava e era ruim, pois desde a morte, algumas coisas dele ainda permaneciam em caixas, pois ela não conseguia desfazer.

- Papai, cadê a mamãe? – Perguntou Maria, curiosa, ao chegar da escola e não encontrar Miley.

- Ela passou no médico, jájá ela chega. O que você quer comer? – Perguntou ele, pegando Maria no colo e a colocando sobre o balcão da cozinha.

- Hmmmm, panquecas. – Disse ela, com o dedo indicador tocando o lado da cabeça, como se estivesse pensando no que responder.

- Panquecas? Eu não sei fazer panquecas, só a mamãe que sabe.

- Eu sei, um dia ela me ensinou.

- Me ensine. Vamos fazer juntos?

- Sim, sim. – Disse ela, elevando o corpo e os braços, toda feliz.

Liam era um pai cuidado e responsável, antes que Maria pudesse explicar, foi logo pesquisando a receita na internet e anotou num papel. Ela foi falando os ingredientes e logo procurando-os no armário. Colocou tudo sobre o balcão e explicou da forma que lembrou. Liam torceu e fez da forma como estava na internet. Maria ajudou a temperar e levar ao forno.

A panqueca estava quase no ponto, quando Miley chegou em casa. Cansada, abatida e querendo dormir.

- Boa noite, família. Que cheiro é esse? – Perguntou ela, farejando o ambiente. – Cheiro bom.

- São panquecas, mamãe. – Disse, Maria, com o rosto sujo de farinha e molho de tomate.

- Quem fez estas panquecas cheirosas?

- Eu e o papai, estamos com fome. – Ela disse, rindo. – Já vamos servir, vem comer.

- Ah, filha, eu vou sim, mas ... vá tomar seu banho antes disso, vá?

- Tá bom. – Maria fechou a cara e caminhou até o banheiro.

Liam a observou com o olhar sedutor e perguntou:

- Tudo bem?

- Sim. Sei lá. Tenho que contar uma coisa. – Disse ela, largando a bolsa sobre a mesa.

- Diga.

- Vem aqui, me abraça e me beija. – Disse ela, o abraçando e passando aos mãos pela cintura dele. Liam retribuiu o abraço e a beijou suavemente.

Miley deixou cair uma lágrima de seu olho e ele percebeu.

- O que houve, meu amor?

- Liam, estou grávida. – Ela abriu o sorriso.

- Ah ... É sério ... isso? Meu Deus, parabéns meu amor, eu te amo. – Disse ele, tirando o avental e a abraçando forte mais uma vez.

- Não tenho nenhuma doença, graças a Deus, mas, o de gravidez, deu positivo. Eu não sei se choro ou se rio, me sinto feliz, mas ... como vamos contar para Maria?

- Vamos contar para Maria agora, quando ela voltar do banho. Não temos nada a esconder dela. É a nossa razão pra viver, ela já sabe que perdeu um irmão antes de nascer e já passou da hora de ter um que ela possa ver e conhecer. Não vejo problema algum, vamos tirar o quarto de hóspede e organizar pra chegada desse bebê. Você tem que ficar calma, por favor, sem estresse. – Disse ele, entusiasmado, segurando as mãos dela e com os olhos lacrimejando. – Eu estou muito feliz, de verdade.

- Pensei que fosse odiar, não foi planejado, não estava esperando isso.

- Mas é tão gostoso te ver grávida. Amo toda aquela tensão, o barrigão, seus pés inchados, eu tendo que correr pra lá e pra cá matando seus desejos. É a coisa mais deliciosa da vida, meu amor. Temos que nos sentir realizados por reconstruir nossa família e eu disse, quero mais três filhos depois desse. Gosto de casa cheia, de bagunça, quero ser o melhor pai do mundo para os meus filhos.

- Tenho a sorte de ter você. – Ela o beijou e apertou seu bumbum. – Essa panqueca vai queimar.

Liam correu para tirá-la do fogo, preparou os pratos, talheres e copos, organizou a mesa da forma mais impecável possível.

Naquele jantar, Maria descobriu que teria um companheiro de quarto, porém, não sabia se dividiria suas bonecas ou teria que agüentar cheiro mal das meias fedidas do pequeno irmão. Sentiu-se feliz e sortuda por alguns dias, contando pra todos na escola e na aula de artes, desenhava a mamãe de barrigão em quase todas as folhas.

Meses depois, Miley caminhava mais uma vez para a maternidade, prestes a dar a luz ao bebê que ela preferiu não saber o sexo antes do nascimento. Tranquila, sem estresse, nasceu um bebê saudável, gordo, com as feições do pai e cabelo da mãe. Era um menino, para aqueles que acreditam, a reencarnação de Nathan num corpo totalmente novo. Era muito parecido com ele, quando Miley o olhou pela primeira vez, sentiu um aperto junto à emoção de tê-lo ali, era como ver Nathan nascer novamente. O terceiro melhor dia da vida deles.

Maria cuidou de Enzo nos primeiros meses e sentia-se orgulhosa de ter um irmãozinho. Ela o trocava e penteava seu cabelo, assim como fazia com suas bonecas. Miley permaneceu mais uma vez afastada do serviço, de licença maternidade e pôde aproveitar bem seu mais novo bebê. Com os traços de Nathan, Enzo trazia alegria à família, pois ali estava mais um menininho, inocente, meigo, fofo e cheio de alegria pra viver.

Há 12 anos atrás, eles se conheciam, na escola, como quem não queria nada na vida e hoje, eram pais de três filhos lindos. Nathan, Maria e Enzo. Apesar dos tempos difíceis que passaram há alguns anos, nunca deixaram de considerar Nathan como parte da família, pois ela foi a base de tudo e pra tudo. Foi o primeiro amor, a experiência em que viveram como pais jovens, tudo o que passaram e superaram após a morte dele. Nathan era um anjo guardado na memória de cada um daquela família, uma lembrança que jamais irão esquecer.


Depois daquilo, cada um seguiu sua vida, da forma tradicional, com muito amor, alegria e felicidade pra dar. O Destino, realmente muda a vida das pessoas. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CAPÍTULO 26 (Parte 1) - O Destino

Alguns meses se passaram ...

Maria já estava com quatro meses quando Raul, filho de Henrique e Fabíolla resolveu nascer. Fabi deu a luz em casa, sem ajuda de ninguém, no meio da tarde, quando menos esperava. Não deu tempo de pedir ajuda, simplesmente aconteceu ali e na maior natureza possível. Quando Rick soube, correu do trabalho pra casa e encontrou seu filho ainda enrolado no cordão umbilical de sua mulher. Foi um dos maiores desesperos da vida de Rick, pois seria pai pela primeira vez e seu fruto havia vindo ao mundo de uma forma inusitada. Queriam que tivesse ocorrido tudo bem, que ele pudesse estar presente, mas não aconteceu. Felizmente a criança nasceu saudável e sem seqüelas. Raul era gordo e muito grande, parecido com Nathan quando nasceu.  Como de costume, a família toda foi visitá-los, quando tudo já estava bem.

- Cuida bem desse menino! – Disse Luiza ao segurar o neto pela primeira vez. – Ele vai ser um menino de ouro.

- Com certeza, mamãe. – Respondeu Rick segurando a mão de Fabíolla, que estava deitada no sofá.

- Ele é muito lindo, mesmo, de verdade. – Disse Paulo, parabenizando o filho.

- Ah pai, ele vai ser um grande homem, como disse a mamãe.

- Eu disse menino de ouro. – Luiza concertou.

- Que seja. Ele será uma benção na nossa família. – Rick alegou.

No momento em que todos davam atenção ao novo membro da família, Miley, que estava do lado da cunhada, deixou escorrer uma lágrima de seus olhos enquanto acariciava Maria em seu colo. Ela sentia a falta repentina de Nathan e como seria bom se ele estivesse vivo para ensinar o primo algumas coisas da pequena vida.

- Ele me traz lembranças do Nathan ... Nossa ... Como faz falta. – Disse limpando as lágrimas.

- Não chore querida, eu sempre digo e oro pela alma do Nath, ele está nas mãos de Deus, no melhor lugar do mundo, pois era uma criança e não tinha pecado nem mágoas no coração. – Luiza beijando a testa de Miley. – Pare  de chorar imediatamente.

- Tudo bem, tudo bem. – Miley disse colocando um sorriso no rosto e observando Maria instantaneamente.

[...]

Quando voltou para casa, Miley foi logo colocando Maria no berço. Ela dormia feito um anjo, com as bochechas gordas espremidas sobre o travesseiro e as mãozinhas fechadas, movimentando os dedinhos conforme ria durante os sonhos que só Deus sabia o que se passava. Ela era uma criança linda, cabelos enrolados e castanhos claro, dos olhos azuis e uma boca cheia de sustância. Bem cuidada e saudável, nada mais lindo de se ver.

Miley tinha que voltar a faculdade e terminar de vez isso, estava quase desistindo, mas como promessa a Nathan, ia continuar. Mesmo com toda essa mudança louca, de uma menina mimada e cheia de alegria, pra mamãe de uma menina linda, ela tinha que seguir seus sonhos, ser uma médica veterinária formada. Era isso que ela queria, sempre quis e estava disposta a abrir mão de sua filha pra concluir isso. Dona Luiza, como uma boa mãe e vovó coruja, se prostrou a cuidar de Maria durante os estudos da filha.

- Eu cuido dela pra você, sem problemas.

- Obrigada, mãe. Eu te amo.

- Não me ame só por isso, me ame sempre, pois nunca deixei e jamais deixarei de amar meus filhos.

- Ah, claro, com certeza. – Miley a abraçou forte – Te amo sempre, sempre!

[...]

Quando Miley entrou na faculdade, foi como pela primeira vez e como todas as moças que dão um tempo para serem mães, ela também respondeu o mural “Como me sinto ao voltar á faculdade?”

Como me sinto ao voltar á faculdade? Estranha, mais uma vez. Ser mãe é uma coisa especial e inacreditável. Meu primeiro bebê me trouxe muita alegria, muita vontade de viver, de amar e me ensinou tantas coisas ... Sinto falta dele e não é pouca, mas se choro, minha mãe diz que ele está num lugar melhor e é verdade, agora tenho que lutar e cuidar da Maria o máximo que puder e farei isso com prazer. Obrigada por me aceitarem de volta e prometo concluir o curso com o mesmo entusiasmo de quando entrei. A turma não é a mesma, pois eles avançaram e eu sinto falta, mas pensarei em mim e nos animais indefesos que precisam da minha ajuda. Fé ♥”

- Como é bom te ter de volta. Seja bem vinda – Disse a Miriam, diretora geral da Faculdade de Los Angeles.

- Muito obrigada! – Miley disse agradecida, entregando a ela uma foto de Maria, como prometido antes da licença. – Esta é Maria.

- É linda demais, parabéns!

- Obrigada, Senhora.

[...]

Lucas e Elisa estavam namorando  e como ela não tinha os pais vivos, resolveu pedir a Pedro a permissão para se casar com ela.  Levou-a num restaurante chinês, já que Lisa amava comida chinesa e fez o pedido:

- Quer casar comigo? – Perguntou ele sem nenhuma surpresa.

- O quê? Casar? Como isso? – Lisa arregalou os olhos antes que pudesse colocar uma palitata na boca.

- Estou perguntando se quer casar comigo ... Viver comigo, ser minha e eu ser teu ... Pra sempre, entende?

- Sério isso, Lu? – Perguntou ela, incrédula.

- Sério ...

- Ah Deuuus, eu quero, eu quero sim.

Lucas a abraçou, beijou e acariciou seu rosto. Entregou a ela um anel simples e lindo, banhado a ouro e cheio de pedras brilhantes . Lisa sentiu-se feliz e após o romântico jantar chinês, foram para casa dela, aquela na qual Pedro havia deixado para que pudessem morar.

[...]

- Tenho uma surpresa pra vocês. – Disse Liam ao chegar do serviço. – Vocês vão amar!

- Surpresa? – Perguntou Miley do quarto.

- Sim, surpresa. – Liam jogou um envelope gordo encima da cama onde ela trocava Maria.

- O que é isso? – Perguntou ela.

- São passagens de avião para a França, ida e volta, com estadia num hotel luxuoso por 15 dias e tudo incluso. Só temos que escolher a cidade, que provavelmente será Paris e esse é meu presente adiantado de aniversário e natal pra você. – Ele falou entusiasmado, louco pra ver a reação dela.

- Isso é sério? – Perguntou Miley boquiaberta e com os olhos arregalados, sacudindo Maria em seu colo. – Eu não acredito.

- Acredite. Eu te amo!

- Eu também te amo.

Logo após Maria dormir, Miley foi para a sala e decidiram pedir uma pizza de frango e coca-cola. Sentaram no chão da sala, como de costume e se lambuzaram feito crianças.

- Que saudade de fazer essas coisas contigo. – Liam disse mordendo um pedaço da pizza.

- Também sinto falta de muita coisa, mas eu estudo e você trabalha, quase não temos tempo pra nós, nem aproveitar a Maria juntos nós fazemos ... Isso é ruim.

- Por isso que guardei dinheiro pra fazer esta viagem com você.

- Vamos deixar Maria por 15 dias? Acho que não ... meus pais não vão aceitar isso.

- Vamos levar Maria com a gente.

- Amor, quando vamos fazer isso? Voltei hoje pra faculdade, como vou pedir um tempo pra isso acontecer? – Ela perguntou.

- A gente da um jeito. Minhas férias são daqui dois meses e vamos nesse tempo.

Miley sorriu e abaixou a cabeça, deixando a expressão séria.

- Eu quero saber ... como você derrubou o carro no barranco?  - Perguntou ela, com a voz trêmula.

- O quê? Como assim? Você gosta de tocar nesse assunto, não é? – Questionou ele confuso.

- Você nunca me contou o que levou você a bater o carro, mesmo com a perícia, nada foi constatado?

- Miley, por favor ... – Ele disse a abraçando forte.

- Eu só queria que ele estivesse aqui e você sabe disso. – Ela disse deixando lágrimas escorrer de seus olhos.

- Também sinto muita falta, de verdade. Não queria jamais causar o que causei, mas tudo foi por tua culpa e ... chega, pelo amor de Deus.

Ela o apertou forte, como se sentisse dor de algo e era do coração. No mesmo instante, Maria chorou alto do quarto e Liam correu para buscá-la.

- Eu acho que você fez coco, filha. – Disse ele cheirando o bumbum dela. – Vamos trocar esta fralda, coisa que eu ainda odeio fazer, o coco do Nathan fedia menos.

- Você é muito fraco, deixa que eu troco ela.

- Não precisa, eu sei fazer isso.

- Ela é uma bebê, se não fizer coco na fralda, vai fazer onde? Na sua boca? Deveria, só pra ficar calado um instante. – Miley disse um tanto emburrada.

- Eu estava brincando, amor, relaxa. – Liam falava enquanto trocava Maria. – É sério, eu amo ser pai, amo esse contato com ela, é a melhor coisa do mundo.

- Ótimo.

PASSARAM-SE DOIS MESES ...

 Miley continuava indo muito bem na faculdade e Liam firme no emprego, Maria já tinha seis meses de vida e mais fofa do que nunca.

- Já separou as roupas que vamos levar pra ela? – Perguntou Miley.

- Sim, escolhi conjuntos e vestidos de todas as cores. – Liam respondeu segurando Maria e uma pequena bolsa de bebê.

Estavam levando Maria para uma sessão de fotos. Na semana anterior, Miley passeava com Maria, e Ariele, dona de um estúdio fotográfico para bebês, ficou impressionada com a graciosidade da pequena e fez a proposta á Miley, tanto que ela aceitou. Maria faria um book e sua foto iria para agências de comerciais e propagandas.
Maria parecia uma versão feminina do Nathan, tão linda, fofa, simpática, sorridente e acima de tudo, sabia interagir com seus poucos saberes. Olhos claros e bem mais parecida com a mãe. Tinha expressão pra tudo e entendia algumas coisas. Uma criança realmente inteligente. 

- Olhe para a titia, Maria. – Dizia Ariele, enquanto fotografava ela com as diversas roupas que o pai havia separado. – Olhe para mim, Maria. – Batia palmas e imitava voz infantil para chamar atenção dela.

- Ela não para quieta, tente chamar a atenção dela pra você. – Miley sussurrou para Liam.

No instante em que o pai a fez rir, foi o clique perfeito de Ariele, a foto ficou perfeita. Dias depois, com autorização de uso de imagem da menor, assinado pelos pais, a foto de Maria estampava a marca de roupas infantis, Kochenn. O valor pago aos pais, foi de R$ 50.000,00, justamente para investir no futuro dela, na faculdade que ela quiser fazer.

- Fico feliz que tudo tenha dado certo, nossa filha tem um futuro garantido. – Disse Miley.

- Isso é ótimo.  – Liam concordou, arrumando a mala para a viagem a Paris.

- Já está tudo pronto?

- Quase, preciso ver se não estou esquecendo nada.

- Acho que o que esquecermos, podemos comprar lá.

- Nem tudo. – Disse Liam. – Se eu esquecer as mulheres da minha vida, em nenhum lugar vou encontrar igual. – Miley riu. – Já arrumou tudo?

- Sim, a da Maria também, só falta você. – Disse ela, já tomada banho, se aproximando dele e o acariciando pelas costas. – Vamos dormir, amanhã cedo você termina, só vamos partir á tarde.

- Eu sei o que você quer. Eu também quero.

- Então vem. – Ela o puxou para longe da mala e o jogou na cama. – Você está cada dia mais forte.

- São os treinamentos ... – Miley o beijou intensamente, jogando seu corpo por cima dele e o apalpando inteiro. – Meu Deus.

- Me da prazer, porra. – Ela disse ofegante.

Liam riu, mordeu os lábios e fez o que ela pediu. Estavam nus poucos segundos depois, usufruindo novamente, um do corpo do outro. Ele realmente estava mais forte, com pegada a mil grau. Foi mais uma noite de amor, com risos, pensamentos eróticos, e loucuras de jovens casais apaixonados. Enquanto isso, Maria dormia num sono profundo e puro em seu quarto. Liam e Miley podiam escutar a respiração dela, seguida de pequenas gargalhadas, quando foram ver, estava ela sonhando com os anjos, rindo de coisas que só ela entende, com apenas dois dentes na gengiva, era a coisa mais fofa vê-la dormir. Depois disso, voltaram para a cama, e dormiram abraçados. Era um casal, que se amava, onde as pessoas sentiam o amor verdadeiro e a sinceridade. Depois da fatalidade que havia acontecido, eles se fortaleceram cada dia mais e nem Miley, nem Liam tinham coragem de trair um ao outro. Maria realmente tinha os melhores mais do mundo, mesmo sabendo que nem tudo é pra sempre.

- Acordem. – Disse Liam, às 8 da manhã, fazendo cócegas nos pés de Miley, enquanto ela amamentava Maria. – Não pode dar de mama pra ela deitada, esqueceu?

- Eu cochilei, não foi um sono profundo.

- Nesses cochilos que acontecem as piores coisas, por favor, levante, já fiz o café. Até minha mala terminei de arrumar.

- Calma, ela ainda ta sugando aqui. – Miley disse olhando para Maria dormindo em seu colo. – Acho que ela já pode começar a comer papinhas, seis meses, já.

- Também acho, na próxima consulta você pergunta ao pediatra, mas de qualquer forma, ainda é cedo e ele vai pedir pra que continue dando de mama na parte da manhã até ela querer parar.

- É ... Que horas vamos pegar o voo?

- Às 15 horas. – Ele respondeu. – Quer que eu traga o café aqui?

- Não, eu vou por ela no carrinho.

Miley levantou, fez Maria arrotar e foi tomar café da manhã. Logo depois, organizou a casa, enquanto Liam foi dar uma volta com a bebê. Tomou banho e colocou as malas perto da porta da sala. Quando Liam voltou, foram até a casa da Dona Luiza para se despedir por 15 dias, depois foram até a casa de Lucas e Lisa para a deixar a chave da casa com eles, já que tinham três cachorros para serem cuidados.

- Confio em vocês e sei que Ben te adora, ele não vai estranhar. Binna é um pouco solitária, ela ama atenção só pra ela, tente levá-la pra passear, por favor? Já o Tom é o mais tranqüilo, tendo um espaço fresco pra ele dormir, ele fica o dia todo. Ben é o único que come ração com comida, se tiver restos, pode colocar pra ele. Se quiserem, deixem eles no quintal pra que façam suas necessidades, eu não me importo. – Miley disse a seu irmão.

- Vamos cuidar bem deles. – Lucas afirmou e Lisa concordou com a cabeça.

- Obrigada mano, te amo tanto. – Um abraço apertado. – Tchau.

- Também amo vocês. Cuidem bem da minha sobrinha. – Beijou a testa da Maria. – Fiquem tranqüilos. Boa viagem, curtam bastante e tragam lembranças pra toda família.

- Com certeza. Fiquem com Deus. – Miley abraçou Lisa, Liam fez o mesmo.

Entraram no carro e voltaram pra casa. Já eram 13 horas daquela quinta-feira e eles iriam pegar o vôo às 15. Almoçaram as pressas a janta do dia anterior, chamaram um taxi para que os levassem até o aeroporto.

- Vai ser a melhor experiência de nossas vidas. – Liam afirmou, carregando as três malas.

- Com certeza. – Concordou Miley, caminhando pela multidão do aeroporto de LA.

 - Vamos lá, filha, sua primeira viagem, sorria pro mundo. – Maria arregalou os olhos ao ouvir a voz de seu pai no meio de tanta gente desconhecida.

Sentaram-se em frente á plataforma onde informava a saída dos vôos. Lá se via de tudo. Famílias indo e voltando, cada uma pra um destino diferente, com pequenas ou grandes malas, a viagem ou a trabalho, crianças queimadas do sol das praias de Bahamas e Caribe, gente de todos os lugares do mundo, todas as etnias, religiões, idades e afins. Pessoas se reencontravam e outras se despediam. Muitos a caminho de um futuro, outros indo pra sempre, deixando a família pra conquistar um novo mundo. Um lugar que antes de passar por algo igual, ninguém conseguia entender.

Instantes depois, a saída do vôo foi anunciada, os três seguiram até a aeronave que os levariam para a grande Paris. A viagem foi tranqüila, Maria foi a que mais se manteve acordada durante todo o tempo, simpatizando-se com outros passageiros que transitavam o corredor da classe econômica, onde eles estavam.

- Mamamamamá – Balbuciou, Maria, com as mãozinhas cheias de saliva tapeando o rosto de sua mãe.

- Acorda, mamãe, acorda! – Liam sussurrou no ouvido da filha, como se fosse um recado para Maria fazer Miley acordar.

- Hmmm, você não dormiu nenhum segundo, não é? – Miley perguntou a Maria, como se ela pudesse entender. – Já acordei, para de me bater. – Disse ao se despreguiçar.

- Já chegamos, todos já desembarcaram e o piloto quer fazer o vôo de volta. – Disse Liam.

- Chegamos? – Disse ela, olhando alegremente pela janela do avião. – AAAAAAAAh, eu não acredito, meu sonho, meu Deus, te amo. – Beijou ele, abraçou e sorriu como uma criança feliz.

- Sim, meu amor. – Ele pode sentir a felicidade dela e suspirou satisfeito ao vê-la sorrindo por algo tão importante.

Desembarcaram, Liam logo colocou Maria em sua nuca, e a cada passo, ela salivava em sua cabeça, com as bochechas caídas. Pararam nos sanitários para que pudessem se ajeitar antes de apreciar a bela vista de um novo mundo.  Pegaram um taxi até a estação de aluguel de automóveis, Liam e Miley fizeram todo o preenchimento para que pudessem conduzir fora de seu país, alugaram também, uma cadeira pra Maria. Seguiram a caminho do hotel reservado, mas Miley se encantou com o primeiro ponto artístico que viu, o Museu de Orsay.

- Nunca tinha visto tanta coisa impressionante na vida. – Disse ela. – Não é lindo?

- Sim, muito. – Disse Liam, abraçando-a com um dos braços. – Eu fiz isso por você, pra provar meu amor, te amo além das palavras, tudo que tenho devo agradecer a Deus, pois seria um cara mimado até hoje, se fosse pelos meus pais, mas você me ensinou como é simples ser simples, como é bom amar, como é bom ter uma família, um filho, uma filha, cachorros, amigos que também estão vivendo o mesmo que a gente.

- Não me faça chorar, por fa ... – Ele não permitiu que ela terminasse de falar, lançou um beijo, seguido das lágrimas de felicidade, Maria permanecia em seus braços, com os olhos arregalados e puxando o cabelo do pai.

- Não chora, estamos aqui, felizes e você sabe que eu também te amo mais que tudo. Me arrependo do que fiz contigo, mas hoje eu sei, você foi feito pra mim e me aceitou da forma que sou. – Disse ela, limpando as lágrimas dele.

Continuaram apreciando o museu e logo foram embora. Chegaram ao hotel, foi a melhor recepção do mundo, pessoas sorridentes, disposta a recebê-los, funcionárias encantadas com a fofura de Maria e ela, toda simpática.
- Que lindo, aqui, vista perfeita pra La Tour Eiffel. – Miley disse ao se jogar na cama de casal.

- Olha filha, que lugar lindo pra você brincar. – Liam disse, observando uma pequena brinquedoteca ao lado da cama.

- Maria vai amar brincar com isso tudo. – Ela disse.

- Vai sim. – Ele concordou, tirando a roupa da bebê. – Mas antes, vamos tomar banho, sua fedida.

Miley preparou a banheira com pouca água. Enquanto ele banhava Maria, ela organizava as coisas, malas, roupas e tudo que haviam trazido. Pouco tempo depois, Maria estava cheirosa e sonolenta, Miley a amamentou por quase uma hora e a colocou para dormir na cama portátil.

- Merecemos um descanso, também. – Liam sussurrou no ouvido dela, ela sorriu.

Tomaram banhos juntos, com risos baixos e pensamentos absurdos. Colocaram roupas leves e dormiram agarrados, numa noite em Paris.

No dia seguinte, receberam café da manhã no quarto, se arrumaram para o primeiro dia de exploração. Foram a Disneyland Resort Paris, no dia seguinte visitaram o Arco do Triunfo, no terceiro dia, visitaram mais um museu, dessa vez foi o Museu do Louvre. Almoçaram e jantaram de tudo que há de bom, nos melhores e piores restaurantes da cidade. Fizeram compras, vestiram-se como os franceses, aprenderam um pouco da língua, brincaram de guerra d’água, como duas crianças. Maria aproveitou o máximo ao lado dos pais, tão pequena e sábia. Apontava pra tudo que fosse realmente incrível e chamativo. Visitaram o zoo, a La Tour Eiffel por inteira e todos os outros pontos turísticos que há na capital.

Foi a melhor viagem do mundo, pensaram até em se mudar pra lá, mas a distância que Liam sofria de seus pais já era grande, não queria que Miley passasse pelo mesmo. No fim do último dia, Liam contratou uma babá para ficar com Maria para que eles pudessem jantar sozinhos. Miley não sentiu-se segura em deixar a bebê com uma pessoa completamente desconhecida, mas aceitou o pedido dele. Antes disso, ele pagou a tarde toda no SPA, para que ela pudesse relaxar. Máscaras, massagens, unhas feitas e cabelos maravilhosos.

- Isso tudo me deixa louca. – Disse ela, quando ele foi buscá-la na porta do SPA.

- Isso tudo é pra você. – Ele a beijou. – Tem mais, abra. – Entregou uma sacola grande nas mãos dela.

- Um vestido curto e justo? Você está bem?

 - Não sou um cara ciumento em Paris, aqui as pessoas tem mais respeito com as mulheres, ainda mais quando elas estão lindas, cheirosas e bem acompanhadas. Tem uma aliança em seu dedo, caso eles sejam reparadores demais.

Os olhos dela brilharam naquele instante, deixando escorrer uma lágrima e borrando a maquiagem. Parecia como o primeiro encontro, aquela tensão, suspense, tentativa de sedução, mas já não acontecia, ela era extremamente sexy na visão de qualquer pessoa e ele, um australiano alto, bonitão e do sorriso perfeito. Mesmo mudando os cabelos, Miley continuava linda, com o sorriso encantador de sempre e aquele jeito meigo de ser.

Após ela se trocar no vestiário do SPA, entrar no carro e beijá-lo loucamente, Liam acelerou o carro como se não houvesse amanhã.

- Onde vamos?  - Perguntou ela.

- Jantar juntos, sem a presença da nossa filha, infelizmente, mas precisávamos de um tempo só nosso, sem precisar falar baixo pra que ela não acorde.

- Me preocupo demais com essas coisas ...

- Relaxa. – Disse ele, piscando um dos olhos deslizando a mão esquerda sobre as pernas dela. – Você está completamente excitante.

 - Hahahaha, obrigada, mas tecnicamente você pagou isso tudo.

- Sou seu marido, na lei da vida, a mulher fica bonita e o marido para tudo.

- Ta bom ... e você também está pegável, do jeito que muitas procuram por ai.

Ao chegar no restaurante cinco estrelas, Liam estacionou o carro e foi logo abrindo a porta pra que ela pudesse descer. Miley amava quando ele atacava de cavalheiro, isso o deixava mais sexy e ela sentia vontade de fazer amor a todo segundo.

Escolheram uma boa mesa, perto da janela, onde a brisa do vento batia sobre eles e fazia os cabelos dela voar. Pediram um bom vinho e uma apenas um prato de espaguete. Liam colocava cada colherada na boca dela e ela fazia o mesmo com ele, contavam piadas e várias revelações da época do colegial, o que um pensava do outro e o que Miley sentiu ao dizer que ele podia ajudá-la na matéria de física. Foi uma noite perfeita, calorenta, iluminada, com músicas suave e pessoas realmente boas em todos os casos.

- Sabia que aqui é a capital do amor? – Ele perguntou á ela, enquanto jogavam pedrinhas no lado, em frente ao restaurante.

- Já ouvi falar, mas nunca botei fé nisso. – Respondeu ela, tirando os saltos e apoiando os pés sobre as pernas dele. – Agora posso concordar com isso. Melhor dia das nossas vidas.

- Com certeza. – Ele a beijou, mais uma vez, como se fosse a primeira vez. Um beijo profundo, com os corpos sentados e uma intimidade intensa, onde as mãos se entrelaçavam e percorriam os corpos. Liam a deitou na grama e continuou a beijar, a luz da lua iluminava aquele amor, do modo mais cativante possível, e as pessoas que passavam por ali, impressionavam-se com tanta intensidade.

E mais uma vez dita:

- Eu te amo!

- Eu também te amo.

FIM


“Não importa quem disse primeiro, o importante é o amor entre as pessoas.”